Via Mídia
Crucis, tradução livre do Síntese Cubana
O bloqueio econômico, financeiro e
comercial imposto a Cuba pelos EUA, há mais de 50 anos, já causou perdas de cerca
de US$975 bilhões para a Ilha, que enfrenta problemas gravíssimos em função disso.
Na sexta-feira, dia 14, o embaixador
cubano na Venezuela, Rogelio Polanco, afirmou que Cuba já solicitou em 20 oportunidades
o fim do bloqueio, mas não foi atendida pela Organização das
Nações Unidas (ONU).
Os EUA iniciaram o bloqueio em 1962
como parte da guerra pela hegemonia mundial travada entre o Império e a União
Soviética e com o objetivo de acabar com o socialismo em Cuba. Polanco disse que
o bloqueio “mostra a atitude da política assassina dos Estados Unidos”.
Ele lembrou que “em anos
passados, Cuba, em votação contra o bloqueio na Assembleia Geral da ONU, obteve
vitórias esmagadoras, o que demonstra o isolamento do governo dos Estados Unidos
durante cinco décadas, porém eles ainda mantêm o genocídio contra o povo cubano”.
Em 2010, 187 países da ONU votaram
a favor do fim do bloqueio e apenas dois se mostraram contra: Israel e Estados Unidos.
Na entrevista coletiva realizada na
Casa José Martí, no centro de Caracas, o embaixador disse que o bloqueio a Cuba
também tem prejudicado a saúde dos venezuelanos, já que os aparelhos de
ressonância magnética e scanners, equipamentos de alta tecnologia da marca Phillips
usado em Barrio Adentro
exigem peças que não podem ser compradas por Cuba.
“A Phillips impede Cuba de adquirir
algumas peças de reposição para os aparelhos, porque elas são fabricadas por
empresas estadunidenses. Com isso, está afetando a saúde do povo venezuelano”, lamentou
Polanco.
O bloqueio proíbe que Cuba faça comércio,
importação ou exportação de mercadorias do ou para os EUA, use o dólar e possa ter
contas em bancos de outros países. Polanco afirmou que o Tesouro estadunidense impôs
uma multa de US$500 milhões ao banco holandês ABN Amro por fazer negócios com Cuba.
Em 26 de setembro passado, o ministro
das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, disse na 66ª Assembleia Geral
da ONU que o bloqueio econômico dos EUA contra a Ilha se intensificará durante a
campanha eleitoral dos EUA, que escolherá o novo presidente em 2012.
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