Altamiro Borges em seu blog.
Com cerca de 100 participantes de
12 países, realizou-se no Palácio das Convenções, em Havana (Cuba), nos dias 29
de 30 de novembro, o seminário “Os meios alternativos e as redes sociais: novos
cenários da comunicação política no âmbito digital”. O evento cumpriu seu principal
objetivo, o da troca de experiências, e indicou novos passos para reforçar a “guerrilha
informativa”.
O Brasil participou do seminário internacional
com quatro representantes: Rosane Bertotti, secretária de comunicação da CUT; Paulo
Canabrava, veterano jornalista e criador da revista Terceiro Mundo; Gustavo Sousa, chefe da assessoria de imprensa da liderança
do PSD na Câmara Federal; e Altamiro Borges, secretário nacional de mídia do PCdoB.
Potencialidades e limitações
Nos seis painéis apresentados, o consenso
de que as novas mídias têm jogado papel cada vez mais relevante na disputa de ideias
no mundo. Muitos dos presentes se referiram à onda de protestos nos EUA, ao Ocupe
Wall Street, que teve como fator detonador o uso das redes sociais. Outras experiências
mundiais foram relatadas, revelando suas potencialidades e, também, suas limitações.
Apesar do crescimento destes meios
alternativos, o cenário ainda é de forte dispersão e de ausência de objetivos políticos
mais definidos, destacou o professor cubano Raul Garcés. Nesse sentido, vários oradores
enfatizaram a necessidade de multiplicar o número de “guerrilheiros cibernéticos”,
avançar na qualidade do que é produzido e criar maior sinergia entre os ativistas
digitais.
Enfrentar o “bloqueio midiático”
O ministro das Relações Exteriores
de Cuba, Bruno Rodrigues, informou que o governo encara como prioritário garantir
o acesso à internet para todos. “Não somos um país fechado. É preciso garantir o
acesso ao conhecimento. Apesar das nossas dificuldades econômicas, entendemos este
direito como uma questão de política pública, um dever do Estado”.
Ao final, lembrou que Fidel Castro,
em recente artigo, afirmou que Cuba vive “um bloqueio econômico, político e midiático”.
Para ele, o desafio é o de fortalecer os meios alternativos e as redes sociais para
elas “falem a verdade, que desmascarem as mentiras de mídia monopolista contra os
povos”.
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