Mirian Gontijo, Associação
José Marti de Minas Gerais
Há mais de 50 anos, Cuba vive sob
o regime socialista, ou comunista, por que só agora o Jornal Nacional dedica uma
semana para tratar do assunto? Em 45 anos de Rede Globo, poderíamos contar
os raros minutos destinados à cobertura sobre a Ilha socialista, que, em 1961, sob
uma campanha nacional envolvendo universitários voluntários, erradicou o analfabetismo
de sua história, como também a desnutrição, o trabalho infantil, o trabalho escravo,
dentre outras conquistas, que lhe dão lastro para ser bem avaliada na questão dos
direitos humanos pela ONU (é só conferir aqui).
Notícias dignas para divulgar são
muitas: a Ilha socialista já produz vacina (entre tantas outras) terapêutica para
tratamento do câncer de pulmão; a cada ano vem melhorando sua posição no ranking
dos países no que diz respeito ao Índice de Desenvolvimento Humano; foi pioneira
em várias áreas, inclusive, a primeira mulher aviadora foi cubana; a 33ª versão
do Festival de Cinema Latino-Americano de Havana, que acontece anualmente em Cuba,
premiou o ator Rodrigo Santoro, no domingo, dia 11, como melhor ator por sua atuação
em Heleno, do diretor José Henrique Fonseca
sobre a vida de Heleno de Freitas, famoso jogador brasileiro.
Também é estranho que o Jornal Nacional
insista em não reconhecer as eleições cubanas, realizadas e constitucionalmente
garantidas, de cinco em cinco anos. Nestas eleições, são escolhidos os deputados
da Assembleia Nacional Popular, cuja representatividade é indiscutível, uma vez
que o processo eleitoral começa pela escolha de um representante por bairro, municipalidade,
província, numa verdadeira democracia participativa. Qual cidade brasileira pode
se orgulhar de ter representado em sua Câmara de Vereadores, cada bairro que compõem
o município?
E mais: que as eleições são financiadas
por recursos públicos e que um deputado ganha o salário de sua categoria e não o
salário que ele acha que deve ganhar.
Recentemente, a apresentadora Ana
Maria Braga recebeu em seu programa o representante do consulado norte-americano
para ensinar uma receita de peru. Fica aqui a sugestão para a Ana Maria Braga, que
também foi vítima de um câncer e tem a noção do que isto significa: que convide
o cônsul ou embaixador de Cuba no Brasil, para falar dos avanços científicos no
campo da oncologia em seu país e quanta gente poderia ser ajudada, pelo premiado
sistema de saúde em Cuba...
Um país que há mais de 50 anos erradicou
a praga do analfabetismo e por constituição define que cada cubano tem o dever e
o direito de não ser um analfabeto científico, e que recentemente realizou um congresso
de seu partido comunista para discutir com toda a população as mudanças necessárias,
nunca deveria ser cunhado de ditatorial!
Se tempo no poder é sinômimo de ditatura,
e não de reconhecimento e fidelidade, por que a Rede Globo ostenta com orgulho seus
45 anos de concessão pública nas mãos da família de Roberto Marinho?
Clique
aqui para ler “Contra fatos, não há argumentos: 28 dados sobre Cuba”
http://www.diarioliberdade.org/index.php?option=com_content&view=article&id=22986:a-arte-da-democracia-e-o-que-socrates-achou-em-cuba-e-que-a-globo-teme&catid=291:batalha-de-ideias&Itemid=193
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