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O vice-presidente do Conselho de Ministro
de Cuba, Marino Murillo, declarou na terça-feira, dia 27, que “não haverá mudanças
políticas” em seu país, mas garantiu que “atualizaremos todo o necessário do modelo
econômico”.
O vice-mandatário fez uma revisão
das mudanças econômicas e sociais ocorridas na Ilha desde a Revolução Cubana, de
1959, ao falar para jornalistas no Hotel Nacional de Havana no marco da visita do
papa Bento 16 a
Cuba.
“Em Cuba estamos falando da atualização
do modelo econômico cubano, para fazer nosso socialismo sustentável e que tem a
ver com o bem-estar de nosso povo”, atestou, reforçando que o que o governo está
fazendo “é atualizar o modelo econômico, não estamos fazendo reformas políticas”.
Até agora, o papa já citou, em seus
pronunciamentos, os “presos cubanos”, sem especificar se se referia aos detidos
por motivos políticos e teceu críticas ao marxismo, que, segundo ele, “já não responde
à realidade”.
Murillo é considerado um dos homens
por trás das transformações econômicas que ocorrem em Cuba. Ratzinger comentou
sobre as mudanças e disse que elas são “reflexo do que está ocorrendo em todo o
mundo”.
“O ponto de partida se parece ao da
economia soviética em seu momento, porque tínhamos muitos vínculos comerciais com
esse país. Temos estudado o que foi feito em todo o mundo em termos de modificação
de seu modelo econômico: China, Vietnã, Rússia e outros países europeus”, detalhou.
Segundo o vice-presidente, a abertura
às iniciativas privadas foi feita “com o objetivo de entender melhor sua metodologia
e os conceitos econômicos aplicados”.
Marino Murillo afirmou que “isso não
quer dizer que vamos copiar automaticamente o que os outros fizeram. Dessas experiências
iremos aprender, mas em Cuba não ocorrerá nenhuma reforma política”, garantiu. (Ansa)
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