Via Vermelho,
com informações de Opera Mundi
O presidente do Assembleia
Nacional do Poder Popular de Cuba, Ricardo Alarcón, voltou a pressionar na
quinta-feira, dia 3, a Justiça norte-americana para que conceda liberdade aos
prisioneiros conhecidos como os “Cinco heróis cubanos”. De acordo com o parlamentar,
o pedido de habeas corpus em defesa deles que foi recentemente protocolado em
uma corte de Miami é “a última possibilidade que oferece o sistema judicial
norte-americano”. Todos os demais recursos, segundo ele, foram “esgotados”.
Para que essa medida tenha
sucesso, Alarcón convocou uma “onda solidária” internacional em favor da
liberdade dos Cinco heróis, como eles são conhecidos na e entre os movimentos
de solidariedade, em forma de reivindicação popular.
“Levantemos a solidariedade
internacional até criarmos uma onda impossível de ser contida. Que ela derrube
o muro de silêncio e o povo norte-americano exija do presidente Barack Obama
fazer o que pode e o que deve ser feito: conceder a liberdade imediata e
incondicional [aos prisioneiros]”,
declarou Alarcón.
Dois dias antes, em meio às
celebrações do 1º de maio, a pauta do Encontro de Solidariedade com Cuba
retomou as reivindicações pela libertação e retorno dos Cinco patriotas. Mais
de mil delegados de diversas organizações sindicais e movimentos sociais
assistiram ao evento.
Histórico
René Gonzalez, Ramón Labañino,
Gerardo Hernandez, Antônio Guerrero e Fernando Gonzalez foram presos em 1998,
acusados de espionagem. Em 2001, todos eles seriam condenados a penas que vão
de 15 anos de detenção até a prisão perpétua, o que causou revolta entre
organizações de direitos humanos.
Gonzalez foi condenado a 15 anos,
dos quais cumpriu 13 e foi liberado por bom comportamento. Os demais seguem
presos, mas três das sentenças foram revisadas. A de Ramón Labañino foi
comutada para 30 anos, a de Antônio Guerrero para 22 anos e a de Fernando Gonzalez
para pouco menos de 18 anos. Apenas a condenação de Gerardo Hernández não foi
revista.
Na época, o comandante da
Revolução Cubana, Fidel Castro, disse que os “Cinco heróis” trabalhavam como
agentes, não espiões. Sua missão, segundo o líder, era impedir atos terroristas
contra a Ilha. Além disso, Fidel ressaltou que o caso não ameaçava a segurança
dos EUA.
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