Via Solidários
Na quinta-feira, dia 28, a blogosfera cubana repercutiu
a ameaça de morte sofrida por René Gonzalez, um dos conhecidos Cinco heróis cubanos.
René, depois de passar 13 anos na
prisão, em 2011, foi colocado em liberdade condicional por outros três anos,
porém está proibido de sair do território estadunidense. A ameaça ocorreu há dois
dias, em programa de uma rádio de Miami, comandado pelo jornalista Edmundo García.
No programa se discutia o novo pedido
feito pelo advogado de René, Philip R. Horowitz, à juíza do caso, Joan Lenard, para
que fosse modificado o tempo final da liberdade condicional, sendo que com a renúncia
da cidadania estadunidense, René pudesse retornar definitivamente para Cuba.
Como Edmundo Garcia narra em seu
texto reproduzido na blogosfera da Ilha, o programa abriu espaço para a intervenção
dos ouvintes, sendo-lhes perguntado qual a opinião sobre o assunto: se René deferia
ou não retornar para Cuba.
De 25 chamadas, sete não se posicionaram;
16 foram a favor da libertação total de René; duas contra, opinando que deveria
finalizar o tempo da prisão condicional; e uma, a mais séria de todas, com a explícita
ameaça a integridade física de René:
Ouvinte: Que fique, eu quero que ele fique, e quanto mais sofrimento
ele e família tenham, melhor para nós, que fique.
Edmundo Garcia: Ah, e quando ele deixou de viver nos Estados Unidos
pode...
Ouvinte: Ele não vai ficar, ele não vai ficar. Olha o que aconteceu
a Airline Brokers. Pode acontecer com ele também, igualzinho.
Edmundo Garcia: Ah, ah, como é interessante…
Ouvinte: Ele não é tonto, ele conhece…
Edmundo Garcia: Você está reconhecendo que haveria a intenção de fazer-lhe
mal?
Ouvinte: É claro e com prazer, é claro…
Edmundo Garcia: Você acabou de dizer que estariam dispostos a assassiná-lo,
não?
Ouvinte: Que lhe modifiquem a saúde! Que ocorra o que tem de ocorrer…
Todo mundo sabe disso.
Edmundo Garcia: Você disse que há pessoas aqui que querem feri-lo e
matá-lo?
Ouvinte: Claro, claro…
Edmundo Garcia, em seu texto, assinala
a covardia do ouvinte anônimo, que evitou a palavra assassinato, utilizando do eufemismo
“mudar a saúde” e menciona, ainda, outras manifestações dos direitistas de Miami,
contra a libertação de René.
Informou, ainda, que mandou cópia
do relato ao advogado de René, para providências.
O fato só demonstra que o ódio da
máfia cubano-americana, contra qualquer um que defenda ou represente a Revolução,
não tem limites, sendo o assassinato assumido como uma alternativa plausível.
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