A companhia deseja começar fazer o percurso Miami-Havana semanalmente.
Com informações Opera
Mundi
Desde 7 de fevereiro de 1962, quando teve início o bloqueio assassino
dos EUA contra Cuba, o primeiro intercâmbio marítimo de mercadorias entre Miami
e Havana aconteceu na quarta-feira, dia 11.
Mesmo diante da oposição da congressista republicana de origem cubana Ileana
Ros-Lehtinen, a saída do navio Ana Cecília foi confirmada por Leonardo Sanchez Adega,
porta-voz da International Port Corporation (IPC), companhia encarregada pela operação
que, segundo as expectativas, deve se transformar em um serviço semanal.
Segundo Sanchez, até o momento a companhia não recebeu queixa alguma de
nenhum particular ou organização cubana de Miami que se oponha a estreitar as relações
com Cuba.
“A única coisa que acabamos de saber é que essa congressista [Ros-Lehtinen] mandou uma carta ao OFAC [Escritório de Controle de Bens Estrangeiros do
Departamento do Tesouro] queixando-se da autorização que nos seria concedida
para este serviço, mas nunca nos enviaram uma cópia”, explicou o porta-voz.
“Parece agora que quer impedir que retornemos a Miami, porque aparentemente
há uma lei que diz que uma embarcação que tenha saído dos EUA para Cuba não pode
voltar antes de 180 dias”, acrescentou.
“Nós estamos muito tranquilos, porque o tempo todo dissemos que nossa intenção
era voltar imediatamente e ninguém nos disse nada. Temos todas as permissões e inclusive
articulamos com a guarda costeira norte-americana para entrar e sair das águas dos
dois países”, apontou Sanchez.
A IPC, que tem sede em Miami, indica que, após alguns trâmites que demoraram
“cerca de um ano e meio”, conta com as licenças exigidas tanto pelo Departamento
de Comércio dos EUA como pelo OFAC para realizar este tipo de envio.
O início deste serviço reflete
certa flexibilização nas relações entre Cuba e Estados Unidos, após os últimos anos
de suavização das restrições em matéria de remessas e viagens à Ilha, sob bloqueio
comercial norte-americano desde 1962.
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