O presidente boliviano, Evo Morales, escreverá uma carta a Barack Obama
para pedir a libertação dos cinco cubanos antiterroristas que colhiam informações
nos Estados Unidos sobre atos extremistas contra Cuba, informou o ministro da Presidência,
Juan Ramón Quintana.
O mandatário boliviano se reuniu no Palácio de Governo com Adriana Perez,
esposa de Gerardo Hernandez, um dos cinco detidos, com quem abordou a situação de
Antônio Guerrero, Fernando Gonzalez, Ramón Labañino e René Gonzalez.
Segundo dados oficiais, os cinco cubanos foram detidos em setembro de 1998
quando monitoravam os planos de organizações terroristas financiadas pelos Estados
Unidos e assentadas no sul da Flórida, com a intenção de informar os mesmos às autoridades
cubanas.
A atividade anônima dos cinco permitiu frustrar numerosas ações que iam
desde a entrada ilegal de armas a Cuba e a explosão de aviões civis em pleno voo,
até a preparação de atentados contra a vida dos principais dirigentes da Revolução.
“O presidente manifestou à companheira Adriana e ao governo de Cuba e a
todo o mundo sua absoluta solidariedade, seu apoio incondicional aos cinco cubanos
detidos injustamente, também o presidente Evo se comprometeu a escrever uma carta
ao presidente Obama para pedir-lhe a liberdade desses cinco compatriotas da Pátria
Grande que deram sua vida pela liberdade”, explicou Quintana.
Informou que o mandatário se comunicou por telefone com Hernandez, a quem
lhe ratificou seu apoio e solidariedade incondicional com os prisioneiros cubanos.
Igualmente, disse que Morales se comprometeu com a execução de “todas” as gestões
necessárias ante a comunidade internacional e organismos multilaterais para levantar
a voz “clara e firme”pela liberdade dos cinco cubanos.
O ministro da Presidência recordou que o governo boliviano é por princípio
antiimperialista e anticapitalista, por isso “reprova” as formas de colonização
e militarismo imperial, além da expansão desse modelo no mundo.
Por sua vez, a esposa de Hernandez agradeceu ao Governo boliviano por seu
apoio aos cinco cubanos que cumpriram 14 anos de prisão. “Estes homens são acusados
por conspiração para cometer espionagem, seu trabalho fundamental era proteger Cuba
de ações terroristas. Hoje com cinco antiterroristas presos em cárceres dos Estados
Unidos”, manifestou.
Sua visita à Bolívia se enquadra
em uma campanha internacional a favor da liberdade dos cinco cubanos.
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