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Danos do furacão Sandy em Cuba. |
Dica de Denise Queiroz, via Tecedora
Nos últimos dias, quando o furacão Sandy chegou ao território dos EUA, a
mídia imperialista deu enorme destaque, com horas de cobertura eletrônica e muitas
páginas nos impressos. O que poucos sabem é que o fenômeno já havia sido rebaixado
à categoria de ciclone pelos órgãos internacionais de meteorologia.
A América Central foi atingida pelo furacão quando ele estava em seu ápice
e foi devastador. Cuba, que possui um sistema eficiente contra intempéries,
sofreu vários danos nas províncias de Santiago de Cuba e Guantânamo. Os estragos
na Ilha preocupam até mesmo a ONU.
O povo norte-americano merece toda a solidariedade mundial, porém os
EUA terão menos dificuldades para se reconstruir. O mesmo não acontecerá com os
países da América Central e, principalmente, Cuba, que vive no limite sob um
bloqueio absurdo imposto há mais de 60 anos pelos governos estadunidenses.
Mais uma vez fica evidente que a cobertura midiática privilegia os danos
financeiros em detrimento do humano. Mas, como diz o presidente Raul Castro, Cuba
resiste!
Brasil envia assistência humanitária
a Cuba e Haiti
O governo brasileiro enviará assistência humanitária às vítimas do furacão
Sandy no Haiti e em Cuba. Para o Haiti, serão remetidos recursos no valor de US$100
mil por meio da Embaixada do Brasil em Porto Príncipe, para a realização de compras
locais e distribuição de insumos prioritários no atendimento aos flagelados. Os
recursos para Cuba, também da ordem de R$100 mil, serão encaminhados por meio da
Cruz Vermelha Internacional, para atividades de cooperação humanitária de caráter
emergencial.
Adicionalmente, já estava programada para o final de novembro doação do
governo brasileiro a Cuba, por meio do Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações
Unidas, de 25 mil toneladas de arroz, para o reforço de programas de segurança alimentar
e nutricional nesse país. A doação também contribuirá para a amenização dos efeitos
do furacão Sandy sobre a Ilha.
***
Furacão Sandy deixa rastro de mortes
na América Central
Defesa Civil contabiliza 11 vítimas em Cuba, nove no Haiti e uma na
Jamaica.
Horas após a passagem do furacão
Sandy por Cuba, na quinta-feira, dia 25/10, a Defesa Civil do país confirmou
a morte de 11 pessoas nas províncias de Santiago de Cuba e Guantânamo, onde várias
casas desabaram. “Apesar das medidas de proteção previstas para estes casos”, o
Estado-Maior da Defesa Civil divulgou mensagem no telejornal local comunicando a
morte de 11 pessoas na Ilha devido à passagem de Sandy, que também deixou nove mortos
no Haiti e um na Jamaica. Até então, acreditava-se que o furacão havia deixado apenas
danos materiais.
Em Santiago de Cuba morreram nove pessoas, sendo quatro por quedas de tetos
e paredes de casas, entre eles um bebê de 4 meses. As causas das demais mortes estão
sendo investigadas. Outras duas pessoas morreram em Guantânamo, no extremo leste
de Cuba, atingidas por árvores. Os ventos constantes do furacão eram de 165 km/horas
e rajadas mais fortes.
***
ONU: Sandy pode provocar desabastecimento
em Cuba
O Furacão Sandy destruiu mais de 100 mil hectares de terras agrícolas em
Cuba ao passar pelo país na semana passada, de acordo com um relatório da Organização
das Nações Unidas (ONU). A entidade alerta que há risco de desabastecimento na região
nos próximos meses. Cuba vive sob bloqueio imposto pelos Estados Unidos.
No Leste de Cuba, a passagem de Sandy matou 11 pessoas. Também causou danos
significativos em Santiago, a segunda maior cidade do país, e vilarejos próximos.
Pelo menos, 180 mil casas foram destruídas ou danificadas pela tempestade, estimou
a ONU.
O relatório das Nações Unidas informa que “o cultivo de cana foi o mais
atingido, seguido pelo da banana, vegetais e outros alimentos básicos”.
De acordo com o jornal cubano Granma,
o vice-presidente do país, José Ramón Machado, depois de visitar a área, reconheceu
que “um dos maiores desafios será o de garantir alimento para as pessoas nos próximos
meses”.
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