No dia 16 de abril de 1961, Cuba amanheceu de luto. No dia anterior
aviões estadunidenses haviam avançado contra os principais aeroportos militares
do país e, no intento de desarmar a força aérea cubana, tiraram a vida de civis
e combatentes. O objetivo dos bombardeios estava claro: abrir o caminho para a
invasão do dia seguinte.
Assim, na manhã de 17 de abril, tropas mercenárias desembarcaram ao sul
da província de Matanzas, em Playa Girón. A invasão mercenária, preparada pelos
Estados Unidos, tinha como objetivo estabelecer uma tomada da praia e
constituir ali um governo provisório contrarrevolucionário, o qual solicitaria
e conseguiria apoio do governo ianque e de organismos lacaios como a
Organização dos Estados Americanos (OEA).
Sob a direção do comandante em chefe Fidel Castro, as unidades de
milícias e das Forças Armadas Revolucionárias, começaram suas ações e detiveram
o desembarque da brigada invasora, integrada por 1.500 homens armados com
tanques, canhões, morteiros, bazucas e abundante material bélico.
Para muitos dos cubanos, que participaram desta epopeia, foi esse seu
batismo de fogo, pois em sua maioria eram jovens inexperientes na arte militar,
somente com a convicção de defender a nascente Revolução, nem mesmo o medo de
perder a vida, o mais valorizado para muitos, foi mais forte que o desejo de
conservar a Pátria que renascia.
Em apenas 72 horas, as tropas cubanas conseguiram a rendição dos
invasores. Assim, pela primeira vez, os Estados Unidos, a grande potência
militar, haviam sido derrotados. Passados mais de 50 anos, aquela derrota ainda
pesa sobre ombros dos estadunidenses, que continuam apostando na mesma fórmula intimidadora
para dominar o restante do mundo.
Girón foi uma página triste na história de Cuba, pelas dezenas de
homens e mulheres aos quais o imperialismo lhes negou a vida, mas, também,
significou o compromisso dos cubanos com sua Revolução e algo de que se
começava a falar fazia somente alguns dias: Socialismo.
Esta epopeia teve um grande
significado, expressado por nosso comandante em chefe, no 25º aniversário da
Vitória de Girón: “[…] a grande transcendência histórica
de Girón não é o que aconteceu, mas sim o que não aconteceu graças a Girón.”
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