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Praça da Revolução, em Havana |
Com informações da Associated Press
Centenas de milhares de cubanos lotaram na quarta-feira, dia 1º, a Praça
da Revolução, em Havana, para um desfile do Dia do Trabalho que teve como principal
homenageado o líder socialista venezuelano Hugo Chavez, que prestou importante assistência
à Ilha até sua morte, em março.
Um mar de trabalhadores, muitos deles usando camisas vermelhas e levando
cartazes com a imagem de Chavez, desfilou diante de uma gigantesca estátua de José
Martí, herói da independência cubana, que viveu no século 19.
Pela ampla praça, cenário das celebrações cívicas do regime comunista, passaram
também retratos do líder revolucionário Fidel Castro, do seu irmão Raul, atual presidente
do país, e de Ernesto “Che” Guevara, médico argentino que teve importante atuação
na Revolução Cubana de 1959.
No caso de Chavez, os sorridentes retratos usados no desfile e a imensa
faixa pendurada em um prédio próximo traziam uma mesma legenda: “Nosso melhor amigo”,
termo usado por Fidel em um artigo publicado após a morte do presidente venezuelano,
vitimado por um câncer aos 58 anos.
Chavez tinha Fidel como padrinho político. Com sua solidariedade, ele ajudou
a economia cubana a se recuperar da caos financeiro causado pelo bloqueio
estadunidense, que já dura mais de meio século.
“Prestamos uma homenagem especial ao inesquecível comandante Hugo Chavez
Frias, e manifestamos nosso mais profundo afeto e admiração por esse gigante”, disse
o vice-presidente Salvador Valdés Mesa em discurso que deu início ao desfile, tradicionalmente
um dos principais eventos do calendário cívico cubano.
Muitos cubanos temiam que a ajuda chavista acabasse com a morte do líder,
mas o sucessor dele, Nicolas Maduro, visitou Havana no final de abril e assinou
vários protocolos bilaterais para manter uma estreita aliança entre os dois países.
A Venezuela fornece 110 mil barris de petróleo por dia a Cuba, a preços
subsidiados. Parte do valor é paga com os serviços de 44 mil cubanos enviados à
Venezuela, a maioria médicos e outros profissionais da saúde. O petróleo venezuelano
representa cerca de dois terços do consumo da Ilha.
Alguns participantes do desfile também levavam um cartaz em que aparecia
o rosto bigodudo de Maduro, usando um capacete de trabalhador petroleiro, com os
dizeres: “Chavez, te juro que o petróleo continuará sendo do povo.”
O outro tema do evento foi “Unidos por um socialismo próspero e sustentável”,
que é a meta de Raul Castro. O presidente cubano, 81 anos, assistiu ao desfile vestindo
uma “guayabera” (camisa tradicional cubana) branca, e acenou para a multidão que
passava diante do seu assento, sob a estátua de Martí. Ele não discursou, delegando
a tarefa a Valdés.
Em todo o país, a população
saiu às ruas para comemorar o 1º de Maio, tradicional festa do povo cubano, que
leva milhões de pessoas ao desfile.
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