Gilberto Martínez foi obrigado na terça-feira, dia 7, a deixar sua casa, ao lado da esposa e de três filhos.
Via Opera
Mundi
Um dia depois de ser despejado
com a família de sua casa na Espanha, o dissidente cubano Gilberto Martínez, de
50 anos, afirmou na quarta-feira, dia 8, que deseja voltar à Ilha.
“Só peço agora que me mandem de volta
a Cuba”, disse o dissidente chorando, de acordo com o jornal El País.
Martínez viajou para a Espanha em
2011, ao lado da mulher e de três filhos, com a promessa de receber €995,00 por
mês (€400,00 da Cruz Vermelha e €595,00 do governo espanhol). “Nós fomos enganados. Estamos na rua. Fomos
de um lugar a outro, mas a única coisa que está clara é que os políticos usam o
mesmo cobertor para não olhar e não arrumar nada.”
O programa que levou a família de
cubanos a se mudar para a Espanha foi firmado entre o governo de José Luís Zapatero,
antecessor de Mariano Rajoy, e a Igreja Católica, segundo Martínez.
***
Eles participaram de programa que acolhe estrangeiros por razões
políticas, criado pelo governo de Zapatero.
Opera Mundi
Uma família de origem cubana, com
três filhos, dois deles menores de idade, foi despejada na terça-feira, dia 7, da
casa onde viviam em Alicante, Espanha. Eles viviam exilados no país europeu desde
2011. Centenas de membros da organização Stop Desahucios se concentraram na frente
do local para evitar o despejo e houve tensão com as forças de segurança locais,
que prenderam dois membros da família cubana.
Mais tarde, eles foram soltos após
serem levados à delegacia. Os cubanos participaram de um programa que acolhe estrangeiros
por motivos políticos e que foi criado pelo governo de José Luís Zapatero. Uma das
cubanas, Ismora Sanchez, disse que ela e os familiares chegaram “pelas mãos da Cáritas
e da Cruz vermelha”, que durante meses prestou ajuda para o pagamento do aluguel.
No entanto, o valor de €400,00 mensais deixou de ser pago desde julho do ano passado.
As contas de água e luz estão atrasadas desde setembro.
“Nos enganaram. Não pensaram em minhas
filhas pequenas”, afirmou Sanchez, citada pelo jornal espanhol El País. De acordo com a publicação, um amplo
dispositivo da Polícia Nacional da Espanha chegou pela manhã à casa para garantir
o acesso dos oficiais de justiça. Manifestantes se posicionaram no acesso ao local
para impedir a entrada da polícia, sentados no chão. Muitos foram retirados pelos
oficiais um por um, à força.
José Manuel Copette, porta-voz da
Stop Desahucios, lamentou o desenlace final da ação. “Tentamos pará-los pacificamente,
mas não foi possível”, disse. Ele assegurou que o caso “poderia ter sido facilmente
solucionado”, pois na cidade de Alicante há 20 mil apartamentos vazios. Desde a
eclosão da crise econômica mundial, que atingiu com força a Espanha, milhares de
pessoas já foram despejadas de suas casas por falta de pagamento de aluguel ou hipoteca.
Leia a matéria no El
Pais
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