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René com sua família em Cuba
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Antiterrotista René Gonzalez está em liberdade provisória desde outubro
de 2011 e não precisará retornar aos Estados Unidos.
Via Opera
Mundi
René Gonzalez, um dos 5 cubanos condenados nos Estados Unidos por espionagem
e que está atualmente em liberdade condicional após 13 anos de prisão, poderá ficar
de maneira definitiva em Cuba, após renunciar à cidadania norte-americana.
“O acusado poderá cumprir o restante de seu período de liberdade condicional
em Cuba e não terá de voltar aos Estados Unidos”, afirma a sentença de sete páginas
emitida na sexta-feira, dia 3, pela juíza Joan A. Lenard, em Miami.
René, de 56 anos, recebeu uma autorização para viajar a seu país de origem,
onde está desde 22 de abril, para acompanhar o funeral do pai, que morreu um mês
antes.
“O acusado ofereceu sua renúncia à cidadania norte-americana diante do escritório
consular (em Havana) como orientavam” as autoridades dos Estados Unidos, afirmam
documentos judiciais a que teve acesso a Agência Efe.
Com isso, foi invalidada a recusa de Washington para que René permanecesse
em Cuba. O agente está em liberdade condicional desde outubro de 2011.
Em abril de 2012, o agente já havia viajado à Ilha com outra permissão judicial,
para visitar um irmão que estava em estado terminal.
Casado e com duas filhas em Cuba, Gonzalez foi detido em 1998 nos EUA, junto
a Gerardo Hernandez, Ramón Labaniño, Fernando Gonzalez e Antônio Guerrero, quando
o FBI desmantelou a rede antiterrorismo “Vespa”, que atuava no sul da Flórida.
Gerardo Hernandez, que era o líder do grupo, segundo as autoridades norte-americanas,
cumpre penas de prisão perpétua, uma delas imposta por envolvimento na queda de
dois aviões do grupo anticastrista “Irmãos ao Resgate” de Miami, em 1996.
René Gonzalez é acusado de fornecer informação sobre as atividades dos grupos
anticastristas de Miami a Hernandez, que, por sua vez, transmitia os dados ao governo
da Ilha.
“Os Cinco”, como são conhecidos
em Cuba, admitiram que eram agentes do governo cubano, mas que não espionavam Washington
e sim “grupos terroristas de exilados que conspiravam” contra o ex-presidente Fidel
Castro.
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