terça-feira, 10 de setembro de 2013
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Parceria entre UFRN e Universidade de Havana
Parceria entre UFRN e Universidade de Havana estuda seleção de plantas adaptadas ao semiárido
Foto: Anastácia Vaz
Por João Paulo de Lima
Temas
fundamentais no desenvolvimento agrícola, relacionados ao cultivo de
alimentos e ao aproveitamento de áreas marginalizadas para a
produção de biocombustíveis, são objeto de estudo do Projeto de
Formação e Qualificação de Profissionais Brasileiros e Cubanos.
Coordenado, no Brasil, pela professora Cristiane Macedo, do Centro de
Biociências (CB) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), o projeto é uma parceria entre a UFRN, a Universidade
Federal Rural do Semiárido (UFERSA) e a Universidade de Havana
(UH-Cuba) e promove o intercâmbio de professores, pesquisadores e
estudantes de pós-graduação dos dois países. A temática central
do estudo está relacionada à atual situação que países da
América Latina vivem, onde o processo de desertificação se acentua
cada vez mais devido ao desmatamento, ao uso intensivo do solo e à
irrigação mal conduzida, que originam a salinização. A pesquisa é
inserida no contexto do melhoramento de plantas e da busca por
alternativas aos combustíveis fósseis. No Rio Grande do Norte, 92%
do seu território é de clima semiárido, onde a presença de
elevados teores de sais solúveis no solo e na água é um processo
natural, e que vem afetando o desenvolvimento da fruticultura no
estado. A área de cultivo de algumas fruteiras de subsistência para
o pequeno e médio agricultor apresenta uma sensível diminuição em
todo o estado, provocada pelo aumento da salinidade e o déficit
hídrico. A exemplo do Brasil, Cuba também sofre com o processo de
desertificação. Assim, o projeto estuda os efeitos do estresse
hídrico e salino na fisiologia das plantas, problemas referentes à
concentração ou ausência de água e sais solúveis no solo, tendo
em vista a seleção de espécies de interesse econômico para ambos
os países, mais adaptadas ao cultivo nessas regiões. Nesse sentido,
a pesquisa busca conhecer melhor os mecanismos de toxidez e
resistência ao clima semiárido, onde são realizados estudos
bioquímicos relacionados, por exemplo, a proteínas que possam
implicar meios de tolerância à salinidade e ao déficit hídrico,
conhecimento de fundamental importância, pois permite acelerar o
processo de identificação e seleção de plantas mais resistentes.
Foto: Anastácia Vaz
Coordenado, no Brasil, pela professora Cristiane Macedo, do Centro de Biociências (CB) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o projeto é uma parceria entre a UFRN, a Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) e a Universidade de Havana (UH-Cuba) e promove o intercâmbio de professores, pesquisadores e estudantes de pós-graduação dos dois países
Segundo a professora Cristiane, “a iniciativa visa
introduzir espécies mais adaptadas ao cultivo em áreas salinizadas
do semiárido e, ainda, demarcar características fisiológicas e
bioquímicas de estresse salino que possam estar associadas ao maior
rendimento em óleo, fornecendo matrizes para produção de biodiesel
e viabilizando assim o desenvolvimento sustentável do agronegócio
para pequenos produtores”. Financiado pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o projeto
teve início no ano de 2012 e promove missões de trabalhos e missões
estudos. As primeiras têm a proposta de enviar profissionais e
pesquisadores dos dois países para ministrar palestras, cursos e
elaborar projetos que auxiliem na formação dos estudantes
envolvidos. Dentro da proposta das missões de trabalhos, o Centro de
Biociências (CB) recebeu, entre os dias 2 e 12 de julho, a
professora Rosa Rodés García, docente da Faculdade de Biologia da
Universidade de Havana. Já as missões de estudos promovem a ida de
estudantes para instituições parceiras com o intuito de fazer
intercâmbio acadêmico e obter uma formação mais diversificada.
Nessa modalidade, encontra-se em Cuba Yuri Lima Melo, estudante de
doutorado em Fitotecnia pela UFERSA. Cristiane Macedo afirma que “a
perspectiva é que o projeto seja renovado, para que assim seja
mantida a cooperação existente entres as universidades, com o
proposito de melhorar a troca de conhecimento cientifico entre as
instituições”.
Foto: Cícero Oliveira
Foto: Cícero Oliveira
No Rio Grande do Norte, 92% do seu território é de clima semiárido, onde a presença de elevados teores de sais solúveis no solo e na água é um processo natural, e que vem afetando o desenvolvimento da fruticultura no estado. A área de cultivo de algumas fruteiras de subsistência para o pequeno e médio agricultor apresenta uma sensível diminuição em todo o estado, provocada pelo aumento da salinidade e o déficit hídrico
Retirado de UFRN
Retirado de UFRN
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